Postagem em destaque

Um Líder de sucesso sabe lidar com as divergências

Nos últimos meses escrevi alguns textos sobre liderança, focado no comportamento e atitudes, que considero ser essenciais para que uma pes...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Análise Crítica do Brasil como um Processo, sem buscar culpados

Alguns dias atras em um jantar de negócios com grandes e velhos amigos, começamos a discutir sobre a eleição 2014, onde para minha surpresa, dois dos meus melhores amigos, confessaram  que votaria na Candidata e atual Presidente Dilma, por entenderem que quando o Lula foi presidente do Brasil, conseguiu controlar a crise mundial de 2008, sem reduzir o investimento no país, além de reduzir impostos e incentivar o consumo, bem como, emprestou dinheiro para o FMI ajudar os países que estavam enfrentado o problema. A ação que permitiu isto, foi que, assim que o Lula assumiu o cargo de Presidente da Republica, iniciou tratativas com os países tidos como emergentes (China, Índia, Russia, Africa, dentre outros), para estreitar o relacionamento comercial. Precisamos esclarecer, que nada disso foi planejado, o que fez o Lula tomar esta iniciativa, foi a máxima de marketing, que não devemos ter todos os ovos na mesma cesta. Cabe lembrar, que ele assumiu em janeiro de 2003 e a crise ocorreu em 2008.

Analisando a informação, percebi que apesar de não gostar, o meu amigo estava correto. O Lula realmente acertou na mosca, mesmo que sem querer, pois a crise foi mais forte nos EUA e em toda Europa. Ficamos livres deste cenário, por não dependermos tanto deles.

Uma outra amiga, que trabalha com alimentação, disse votar na Dilma, pois pela primeira vez na história, ficamos fora da linha da pobreza na pesquisa internacional mundial. Mais uma vez, fui obrigado a concordar e rever meus conceitos sobre a gestão do PT. Ai, como último respiro, perguntei, estes dados foram na gestão da Dilma? E para minha alegria, tive não como resposta.

Começamos então a verificar o que a Dilma havia realizado para poder separar as coisas e fazermos uma avaliação correta, mesmo que não mudássemos de opinião, apenas para garantir a imparcialidade da conversa. Não demorou muito para concluirmos de que na Gestão Dilma, as coisas não foram tão bem como parecia. A desculpa passou a ser a Copa do Mundo. Os números realmente são desastrosos se considerarmos apenas a sua gestão. O pior de tudo isto, é que boa parte das obras, tidas como essenciais para o país, foram interrompidas ou estão paradas.

O mais engraçado nesta conversa, é que chegamos a conclusão de que os ovos que foram divididos em cestas, passaram a ter uma grande concentração na China e isto, de certa forma, passou a ser um novo problema, pois atualmente este país vem tendo queda no crescimento, ano a ano. Em 2008 quando a crise começou, a China tinha PIB de 10,5%, atualmente estão com 7,3% e com previsão para os próximos anos de crescer somente a metade disto. Isto é péssimo para o Brasil, uma vez que temos um modelo de política muito semelhante. Os dois países acreditam no financiamento de curto, médio e longo prazo, com apoio do subsidio do governo, apostando no consumo da população.

Porém os dados mostram que a população está com seu orçamento endividado em mais de 60%, as taxas de inadimplência em alta, com juros de financiamento cada vez mais caro. Isto prova que em breve, teremos uma resseção. Cabe dizer que não sou economista, nem tão pouco os meus amigos, porém fizemos uma análise critica dos dados que a imprensa tem a disposição, exercendo uma das coisas que mais cobramos quando implementamos um Sistema de Gestão da Qualidade.

A saída preventiva, seria dar aumento de salários para a população, reduzir os gastos na máquina do governo e baixar os impostos, para que o empregador consiga manter os valores atuais, mesmo como aumento de salário. A equação parece fácil, mas não é. O Brasil tem hoje o maior número de ministérios (34 ao todo), o maior cabide de empregos e gasta mais do que recebe, basta ver a atual divida interna, que triplicou ao longo da governança do PT. Nossa divida externa é ficha, perto do que se tornou a divida interna. Não obstante, estamos sendo mantidos pelo BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, colocando em risco as poupanças, o FGTS e as aplicações financeiras como CDB ou CDI. Pior ainda, é que as companhias de luz, petróleo, água e telefonia, estão sobre monitoramento do governo, com deficit de quase 130% e depois das eleições, terão as tarifas reajustadas e quem mais uma vez pagará a conta, é o povo brasileiro.

Ai vem a Dilma dizer nos debates e nas campanhas de rádio e TV, que a inflação está controlada. Que tivemos um problema aleatório devido a estiagem, que pega o Centro, Centro-Oeste e todo o Sudeste. Porém ataca apenas o governo do estado de São Paulo, por não ter realizado o investimento necessário para manter os reservatórios. O que muita gente esquece, é que durante a copa do mundo, o governador de São Paulo, foi informado que deveria liberar mais água para garantir o funcionamento da energia elétrica do país, alias, uma das coisas que mais cresceu no governo do PT, foram as usinas hidrelétricas. O que devemos questionar é, com quais reservas de água elas estão sendo processadas?

É preciso analisar o processo ao invés de buscar culpados. O Brasil não merece passar por nova crise econômica e de identidade. Apostar na continuidade com o PT, é ver a luz se apagar para o futuro, uma vez que as medidas continuaram sendo de protecionismo, pela sobrevivência do partido. Entendo que apostar em outro governo, mesmo que seja do PSDB, é dar um voto de esperança para uma nova fase. Não podemos deixar que o medo, nos domine. Lembro como se fosse hoje, na época em que o Lula só era candidato, ele dizia, "não deixa o medo vencer" e hoje é isto que ele mais faz, impõe a sociedade o medo de mudar.

Eu sinceramente acredito que a coragem prevalecerá, mesmo com tanto dinheiro investido para deturpar a opinião pura e singela das pessoas, que acreditam nos factoides imposto pela mídia.

Acorda Brasil!!!!



Ronaldo Damaceno


Nenhum comentário:

Postar um comentário