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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Contraste Brasil

Todos os dias temos noticias de uma empresa que faliu, seja ela de educação, consultório médico, hospital, clínica, segurança, operadora de plano de saúde, dentre outras. Os motivos são sempre os mesmos, falta de recurso financeiro, falha da gestão administrativa e financeira, dívidas com bancos e com os impostos do governo. Do outro lado, podemos ver que o governo continua em busca de novos locais para investir, gastando fortunas em espaços físicos maravilhosos para fazerem escolas, universidades, ensino técnico, hospitais, ambulatórios. A pergunta que não quer calar é, não seria mais barato, o governo ajudar a estas empresas que estão falindo a se recuperarem?

As dividas estaduais e municipais, vivem sendo renegociadas, com novos prazos e condições, mesmo que elas estejam altas, já para as empresas, médias e pequenas, não existe nada, nenhum programa de recuperação. É como se não tivesse nenhum valor para o mercado brasileiro. Isto contraria indicadores do SEBRAE e do IBGE que dizem que mais de 50% dos empregos são relacionados as pequenas e médias empresas.

Por exemplo, uma operadora de plano de saúde, muitas vezes fale for inadimplência dos usuários/clientes, em compensação o governo possui o maior convênio do Brasil, o SUS, que tem uma ampla carteira reprimida, por falta de opções de atendimento. Então, porque não drenar estes pacientes para estas operadoras que estão com dificuldades financeiras, desde que acompanhadas por um gestor recomendado pela ANS? O governo não poderia drenar estes pacientes para os consultórios, clínicas, laboratórios e hospitais particulares com dificuldades financeiras?

Outra questão importante, é a remuneração dos procedimentos médicos, o SUS paga muito abaixo das tabelas tradicionais dos Planos de Saúde. Será que é por questões econômicas, acordadas entre o Governo e as Federações Comerciais destas operadoras? Se o governo remunerar melhor seus procedimentos, os serviços particulares, tidos como suplementares, poderiam atender esta carteira reprimida e melhorar a qualidade de vida de toda uma nação.

Entendo que isto só não ocorre, para não afetar o mercado existente. Como justificar os valores cobrados das operadoras de planos de saúde, uma vez que poderíamos ter tudo gratuitamente oferecido pelo Governo. É nesta hora, que fico indignado e entendo que o Brasil precisa se reformular. Há espaço para os dois modelos de gestão, basta fazer um esforço administrativo e trabalhar conjuntamente para mudar este cenário.

O mesmo pode ocorrer com a educação e com as creches. Tantas escolas e creches particulares estão as moscas e o governo fica lutando para fazer o seu. Talvez porque gerir da maneira como idealizo, dificultará os desvios de recursos por empresas ou serviços, nas tomadas de licitações. Ou talvez porque o nome do político não ficará em evidência, pois não terá um local para colocar sua placa.

Gostaria muito de ver governo, mídia e população lutando para um Brasil mais justo, mas decente, com mais oportunidades para todos, mesmo que isto, quebrasse alguns paradigmas impostos pela sociedade econômica atual. É hora de encontrarmos o nosso jeito de governar, sem tanta influência internacional, sem tantos entraves de congressos, sem tanta demagogia política.

O Brasil pode e merece ser melhor, mais digno e rico de oportunidades. Peço a quem ama este País, que compartilhe este texto, que incentivem seus parceiros e amigos, a lutarem por uma sociedade mais justa.


Ronaldo Damaceno

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